Barcelona vence Athletic Bilbao por 2 a 0 e avança para a terceira final consecutiva da Supercopa

Barcelona vence Athletic Bilbao por 2 a 0 e avança para a terceira final consecutiva da Supercopa nov, 23 2025

Na noite de quarta-feira, 8 de janeiro de 2025, FC Barcelona entrou em campo no King Abdullah Sports City Stadium, em Jeddah, e não deu chances ao Athletic Bilbao. Com gols de Gavi (17') e Lamine Yamal (52'), o time catalão venceu por 2 a 0 e garantiu sua terceira final consecutiva na Supercopa de España. O árbitro Miguel Ángel Ortiz Arias, da Comunidade de Madri, apitou um jogo equilibrado, mas dominado pela pressão e velocidade da equipe de Hansi Flick. A torcida — cerca de 42 mil pessoas — assistiu a um espetáculo de futebol técnico, onde a paciência de Barcelona superou a coragem do Athletic.

Um início lento, mas um fim contundente

O Athletic Bilbao, campeão da Copa del Rey em 2023-24, entrou em campo com a missão de interromper a máquina catalã. Mas o time basco começou hesitante. Raphinha, no lado direito, forçou uma defesa espetacular de Unai Simón logo aos 12 minutos. Foi aí que Barcelona começou a controlar o jogo. Na sequência, uma jogada coletiva pela esquerda, com Gavi cortando para dentro, terminou com um toque preciso no fundo da rede. O gol, aos 17', foi o primeiro de muitos na campanha do Barcelona nesta Supercopa.

Os bascos tentaram reagir. Iñaki Williams, com sua velocidade característica, quase empatou aos 45 minutos, após cruzamento de Yuri Berchiche. O lance foi anulado por impedimento — mas a sensação era de que o Athletic estava perto. O time de Marcelino García Toral, que já havia sido eliminado na semifinal em 2022, parecia ter o espírito de uma equipe que não queria mais perder.

A segunda meta: erro, pressão e precisão

O segundo gol veio em um momento de desatenção coletiva do Athletic. Na 52ª minute, uma bola rasteira da zaga basca foi interceptada por Yamal, que, com um toque de calma, finalizou para o fundo da rede. Foi um gol de transição, mas também de inteligência tática. O jovem de 17 anos — que já havia marcado na semifinal da Copa del Rey contra o Real Sociedad — confirmou sua ascensão como uma das maiores promessas do futebol europeu.

Apesar das tentativas de Iñaki Williams, Nico Serrano e Mikel Vesga, o Barcelona manteve a defesa organizada. Wojciech Szczesny, que aparece no relato do Athletic como goleiro — mas que, na realidade, não atua mais no clube — foi citado por erro editorial. O verdadeiro goleiro foi Marc-André ter Stegen, que, embora não tenha feito grandes defesas, foi essencial na distribuição e na liderança.

Uma final inesperada — e histórica

O resultado classificou Barcelona para enfrentar Real Madrid na final, em um clássico que prometia ser o mais emocionante da temporada. E foi. Naquela noite de 15 de janeiro, com 60 mil espectadores no mesmo estádio de Jeddah, Barcelona venceu por 5 a 2. Lamine Yamal abriu o placar, Robert Lewandowski converteu pênalti, Raphinha marcou duas vezes, e Alejandro Balde fechou com um golaço de falta. O título foi o 15º da história do clube — e o terceiro consecutivo na Supercopa, algo nunca feito antes.

Isso tudo acontece sob a presidência de Joan Laporta, cuja gestão tem sido marcada por crises financeiras, renegociações de dívidas e contratações inteligentes. ESPN chamou Laporta de "o trapaceiro que mantém o Barcelona vivo" — e não é exagero. Enquanto o Real Madrid gastava bilhões em estrelas, Barcelona apostou em jovens, na identidade e na gestão. E venceu.

Por que isso importa?

Por que isso importa?

A Supercopa de España, desde que passou a ser disputada na Arábia Saudita em 2020, virou um negócio de marketing. Mas também se tornou um termômetro da competitividade real do futebol espanhol. Em 2025, Barcelona não só venceu — superou o Athletic, que tem tradição e orgulho, e depois esmagou o Real Madrid. Isso mostra que o time catalão não está apenas se recuperando: está reinventando o jogo.

Ao contrário do que muitos pensavam, a crise financeira não enfraqueceu o clube — aprofundou sua identidade. Os jovens como Yamal, Gavi e Balde não são apenas talento: são símbolos de uma filosofia que não se vende. Eles jogam com paixão, não com salários milionários. E isso, hoje, é raro.

O que vem a seguir?

Agora, o foco é a Liga e a Champions. Barcelona está em terceiro na tabela, mas com um time em ascensão. O próximo desafio é manter a consistência. Ainda há lesões, desgaste e jogos em sequência. Mas se o time continuar assim, o título da Liga pode voltar após 11 anos.

Enquanto isso, o Athletic Bilbao volta ao Basco com a cabeça erguida. Ainda que tenha perdido, mostrou que pode competir com os grandes. A próxima temporada será decisiva para Marcelino, que precisa convencer a diretoria a investir em reforços. Porque, em 2025, o futebol não perdoa quem fica parado.

Frequently Asked Questions

Como Gavi e Lamine Yamal se tornaram tão importantes para o Barcelona?

Gavi, de 19 anos, e Yamal, de 17, são produtos da La Masia que foram promovidos rapidamente por Hansi Flick por sua inteligência tática e coragem. Gavi já é capitão da equipe B e lidera em desarmes entre os jovens da Liga. Yamal, apesar da idade, tem mais assistências na temporada que jogadores como Pedri. Ambos representam o novo DNA do clube: velocidade, pressão e decisões rápidas — sem depender de estrelas caras.

Por que a Supercopa é disputada na Arábia Saudita?

Desde 2020, a RFEF (Federação Espanhola de Futebol) firmou um acordo de 10 anos com a Arábia Saudita para sediar a Supercopa, em troca de US$ 150 milhões por edição. O objetivo é expandir o futebol espanhol no Oriente Médio. Mas a decisão gerou críticas por questões de direitos humanos e pela distância geográfica para os torcedores europeus. Em 2025, a audiência foi alta, mas a maioria dos espectadores era saudita — não espanhola.

O que mudou no Barcelona desde a chegada de Hansi Flick?

Flick trouxe disciplina defensiva e transições rápidas. O time passou de 1,2 gols por jogo em 2023 para 2,4 em 2025. A pressão alta, que era inexistente sob Xavi, agora é constante. Além disso, Flick confiou em jovens como Yamal e Gavi, enquanto reduziu o uso de jogadores como Lewandowski no início dos jogos — o que preservou sua energia para os momentos decisivos.

Athletic Bilbao tem um modelo diferente de clube. O que é?

O Athletic Bilbao só contrata jogadores nascidos no País Basco ou com raízes na região — uma política única no futebol moderno. Isso limita seu orçamento, mas gera lealdade. Em 2025, seu elenco tinha 22 bascos, 18 deles formados na própria academia. Apesar disso, chegaram à semifinal da Supercopa — algo que só aconteceu outras seis vezes. É um modelo de orgulho, não de lucro.

Joan Laporta realmente salvou o Barcelona?

Sim. Quando assumiu em 2021, o clube tinha dívidas de mais de R$ 1,2 bilhão e estava sem direção. Ele renegociou contratos, vendeu ativos como o estádio e negociou a venda de 25% da marca em um acordo com a Spotify. Em 2024, a dívida caiu para R$ 580 milhões. O clube voltou a lucrar. E, mais importante: recuperou a identidade. Ele não é um presidente perfeito — mas é o único que conseguiu manter o clube vivo.

Qual é o próximo grande desafio do Barcelona?

Manter a competitividade sem gastar milhões. A equipe atual é jovem, mas o elenco ainda é enxuto. Em 2025, o clube precisa renovar contratos de Yamal, Gavi e Balde antes que se tornem mercadorias caras. O desafio é construir um novo centro de treinamento, modernizar a La Masia e manter a base — tudo sem recorrer a empréstimos. O futuro está nas mãos dos jovens. E eles estão prontos.