Bebeto apoia Ancelotti na seleção, mas prefere Renato Gaúcho

Bebeto apoia Ancelotti na seleção, mas prefere Renato Gaúcho set, 30 2025

Quando Bebeto, ex‑atacante tetracampeão concedeu entrevista exclusiva à CNN Brasil, ele comentou a recente confirmação de Carlo Ancelotti, treinador italiano como novo técnico da Seleção Brasileira. Bebeto admitiu, porém, que ainda preferia um treinador nacional como Renato Gaúcho, comandante do Fluminense, e ressaltou que a próxima fase seria a disputa das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O ex‑jogador ainda explicou que Ancelotti se reunirá com Rodrigo Caetano e Juan para definir a lista de convocados. A entrevista aconteceu em Caruaru, interior de Pernambuco, e foi marcada por um tom de esperança cautelosa.

Contexto da contratação de Ancelotti

O anúncio da chegada de Ancelotti, que chegou ao Brasil numa viagem curta entre Milão e São Paulo, surpreendeu o mundo do futebol. O treinador, maior vencedor da Liga dos Campeões com cinco taças, traz no currículo passagens vitoriosas por AC Milan, Real Madrid, Chelsea, Paris Saint‑Germain e Bayern de Munique. Ao assumir a Seleção Brasileira, ele herdará uma equipe que, até o momento, ocupa a quarta colocação nas eliminatórias com 23 pontos em 11 jogos, atrás de Argentina (27 pontos), Uruguai (25) e Colômbia (24).

O cronograma é apertado: Ancelotti terá apenas 14 dias para analisar o grupo antes de anunciar a lista larga, prevista para o dia 26 de junho de 2024. Entre os desafios, ele ainda não conhecia jogadores como Andrei, Estevan ou Gerson, que foram citados como nomes que ainda precisam de avaliação mais profunda.

A opinião de Bebeto e a preferência por Renato Gaúcho

"Eu torço para que tudo dê certo, mas no meu modo de ver eu preferia um treinador brasileiro, como o Renato Gaúcho", declarou Bebeto em tom descontraído. Ele destacou que o brasileiro tem a vantagem de conhecer a cultura do futebol nacional e o jeito de lidar com a pressão da torcida.

No entanto, Bebeto também reconheceu que Ancelotti traz "credibilidade do futebol mundial" e poderá atrair jogadores que ainda hesitam em vestir a camisa verde‑amarela. "Imagino o melhor com Ancelotti no comando", completou o ex‑atacante, lembrando que a seleção já viveu situações semelhantes em 1994, quando o técnico Carlos Alberto Parreira conduziu o Brasil ao tetra.

Detalhes sobre a primeira lista de convocados

O técnico italiano já se reuniu com Rodrigo Caetano, coordenador geral das seleções masculinas, e Juan, coordenador técnico, para mapear o panorama dos jogadores. A lista deve incluir nomes já estabelecidos como Vinícius Júnior, Rodrygo e Gabriel Jesus, mas também alguns recém‑promovidos das categorias de base, como Endrick e Pedrinho.

Segundo pistas vazadas, Ancelotti pretende testar diferentes formações contra Equador (jogo marcado para 7 de setembro) e Paraguai (13 de setembro). A estratégia parece ser “descobrir quem entende o futebol coletivo”, já que, como apontou o próprio técnico, muitos dos convocados ainda não jogam juntos com frequência.

Análise dos especialistas e desafios da seleção

Especialistas apontam que a contratação não será uma solução mágica. O ex‑selecionador Tite afirmou que "não há fórmula pronta; precisamos de entrosamento e de jogadores que aceitem o papel coletivo". A imprensa também destacou a falta de um verdadeiro número 10 criativo que consiga ligar o meio‑campo ao ataque, algo que tem sido um ponto fraco nas últimas duas campanhas de classificação.

Outro ponto crítico é a idade média da equipe, que gira em torno de 27 anos. Os mais experientes, como Neymar (33) e Casemiro (33), já mostraram sinais de desgaste físico, enquanto a nova geração ainda busca experiência internacional. O próprio Ancelotti comentou que "precisamos equilibrar a juventude com a experiência para chegar ao Mundial".

Próximos passos e perspectivas para 2026

Com a lista larga prevista para 26 de junho, o Brasil tem ainda dois meses antes dos confrontos decisivos. Se tudo correr bem, a equipe tem chances de recuperar o ritmo de campanha que a viu perder pontos desnecessários contra as equipes da América do Sul. Bebeto encerrou sua fala com otimismo: "Somos brasileiros, queremos o hexacampeonato. Mas temos que nos ajeitar primeiro, nos classificar primeiro".

O futuro da Seleção Brasileira ainda dependerá da capacidade de Ancelotti em adaptar seu estilo europeu ao pragmatismo sul‑americano, além da aceitação dos jogadores a um novo comando. Enquanto isso, os torcedores já começaram a imaginar a possível partida de estreia nas Eliminatórias, ansiosos por ver se o "técnico de ouro" vai conseguir transformar a tradição em resultados concretos.

Frequently Asked Questions

Frequently Asked Questions

Como a escolha de Ancelotti pode afetar a Seleção Brasileira?

Ancelotti traz experiência em títulos europeus e pode melhorar a tática defensiva da equipe. Contudo, seu curto período de adaptação pode limitar o impacto imediato, exigindo que jogadores-chave aceitem novas funções para criar um coletivo mais sólido.

Por que Bebeto prefere Renato Gaúcho?

Bebeto acredita que um treinador nacional entende melhor a cultura e a mentalidade dos jogadores brasileiros. Renato Gaúcho, à frente do Fluminense, já demonstrou capacidade de extrair performance de um elenco que mistura jovens talentos e veteranos, o que agrada ao ex‑atacante.

Quais são os principais desafios da seleção nas Eliminatórias para 2026?

Além da necessidade de melhorar o entrosamento, a Seleção tem que lidar com a falta de um meio‑campo criativo, equilibrar a idade dos jogadores e garantir resultados consistentes contra adversários como Equador e Paraguai, que podem surpreender.

Quando será anunciada a primeira lista de convocados por Ancelotti?

A data oficial foi confirmada para o dia 26 de junho de 2024, horário a ser definido pela CBF. A lista deve conter entre 30 e 35 nomes, incluindo veteranos e promessas da base.

Qual a opinião dos especialistas sobre a falta de coletivo na seleção?

Analistas como Tite e o jornalista Kléber Mandá afirmam que a equipe tem talento individual, mas o coletivo vem falhando há duas décadas. Eles acreditam que o novo treinador precisará impor disciplina tática e promover treinos intensos de posicionamento para mudar esse quadro.

1 Comment

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    Vivi Nascimento

    setembro 30, 2025 AT 21:37

    É impressionante, porém, perceber como a CBF rapidamente decidiu por Ancelotti, mesmo que a cultura do futebol brasileiro favoreça alguém como Renato Gaúcho; isso demonstra, ao mesmo tempo, a busca por credibilidade internacional e a falta de confiança nos nossos próprios treinadores, o que, na minha visão, poderia ser evitado com um planejamento de longo prazo, envolvendo diretoria, jogadores e a imprensa.

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