Djokovic brinca com plano de aposentadoria: treinar João Fonseca no circuito
set, 4 2025
O plano em tom de brincadeira: Djokovic e João Fonseca
Um plano de aposentadoria com cara de provocação amiga: “Vou treinar o João Fonseca. E vou cobrar caro”. A frase saiu de Djokovic em um vídeo promocional do US Open, quando jogadores responderam perguntas rápidas uns aos outros. Do outro lado, o brasileiro de 18 anos — uma das apostas do circuito — ouviu, riu e, claro, ganhou manchetes.
O tom foi leve, mas a mensagem tem um peso: o melhor tenista de sua geração enxerga algo especial em um novato que ainda está abrindo caminho entre os profissionais. Não é de hoje que o sérvio elogia Fonseca. Em entrevistas recentes, ele destacou a potência dos golpes do brasileiro nas duas direções, o saque agressivo e a maturidade para competir. Nas palavras de Djokovic, Fonseca “vem chamando atenção nos últimos meses, com razão”.
O diálogo veio na semana do US Open, onde os dois avançaram à segunda rodada. O sérvio, quatro vezes campeão em Nova York, tinha duelo marcado contra Zachary Svajda. Já Fonseca enfrentaria Tomas Machac, um teste útil para medir onde ele está em relação ao top 50. Para o brasileiro, cada rodada em um Slam é uma sala de aula enorme; para Djokovic, é território conhecido.
O “vou cobrar caro” soou como brincadeira, mas carrega uma verdade sobre o circuito: técnicos de elite valem muito. Em geral, treinadores de jogadores do topo recebem uma combinação de salário fixo, diárias de viagem e um percentual de premiações. Quando um multicampeão se envolve, o pacote tende a ser mais pesado — e a troca, mais rica.
Por que a ideia faz sentido (mesmo sendo piada)
Faz sentido porque a trajetória de Fonseca combina com o tipo de talento que grandes campeões costumam notar. O carioca venceu o US Open juvenil em 2023, entrou no profissional com ritmo acelerado e, no começo de 2024, ganhou holofotes ao emendar boas atuações diante de nomes consolidados. Seu jogo é direto: forehand pesado, backhand firme, saque que machuca e vontade de jogar dentro da quadra. Falta repertório refinado? Normal para a idade. É aí que um “olho de campeão” ajuda.
Djokovic se fez com precisão, leitura tática e uma arma que derruba adversários silenciosamente: a devolução. Se algum dia essa parceria saísse do papel, há áreas óbvias de ganho para um jovem agressivo como Fonseca:
- Devolução e primeiros golpes: transformar saques rivais em bolas neutras e, de cara, assumir o ponto.
- Gestão de pontos importantes: saber onde arriscar, onde segurar, como respirar quando o braço pesa.
- Variações de ritmo: usar slice, altura e profundidade para mudar a cara das trocas sem perder agressividade.
- Rotina de Grand Slam: treinar corpo e mente para melhor de cinco sets, com recuperação entre jogos.
- Calendário e superfícies: planejar onde pontuar, como ajustar o jogo do saibro para a grama e o piso duro.
Tem também o fator simbólico. Quando um número 1 histórico brinca que quer ser seu técnico, ele legitima seu potencial. O vestiário nota, os convites aparecem, a confiança cresce. Para quem está subindo, isso conta tanto quanto uma vitória grande.
Do lado de Djokovic, há outro aspecto: legado. Depois de mais de uma década no topo e 24 títulos de Grand Slam, ele já transita como referência para quem vem atrás. Nos treinos abertos, costuma puxar garotos para bater bola, dar dicas rápidas, sugerir ajustes. O vídeo do US Open só cristaliza esse papel: a ponte entre gerações passa por ele.
O momento da conversa também pesa. Slams viraram vitrine para a nova leva do circuito. A cada grande torneio, um adolescente atropela uma rodada, um desconhecido mostra um golpe de YouTube, e a elite veterana mede até onde o talento cru pode ir. Fonseca está nesse grupo. Ainda vai oscilar, claro. Mas já mostrou que consegue acelerar a bola sem medo, controlar pontos com o saque e encontrar soluções sob pressão.
Para o Brasil, a cena tem sabor especial. O país não forma um top 10 desde a era Gustavo Kuerten e convive com buracos de geração. Quando um garoto de 18 anos vira assunto em um estande do US Open com Djokovic, a sensação é de que algo está de volta: a ideia de que dá para brigar lá em cima com regularidade, não só em lampejos.
E o que esperar dos dois em Nova York? De Djokovic, o de sempre: gestão de energia na primeira semana, aumento de intensidade a cada rodada, ajustes finos de tática conforme o rival. De Fonseca, uma régua simples: sacar bem nos momentos-chave, reduzir erros não forçados em devolução e insistir no forehand pesado como âncora. Contra Machac, que gosta de acelerar reto e é sólido de base, a batalha é pela primeira bola curta.
Futuro? O comentário do sérvio deve seguir como piada interna do circuito por um tempo. Mas a ideia de bastidor está dada. Se Fonseca continuar crescendo no ranking, é natural ver treino juntos em semanas de Masters, sessões fechadas em pré-temporada, um conselho aqui, outro ali. A mentoria no tênis moderno muitas vezes começa assim: um vídeo, uma quadra emprestada, um ajuste de meio centímetro no impacto.
Por enquanto, a conta fica no campo do humor: “vou treinar o Fonseca e vou ser caro”. Se um dia virar realidade, o valor mais alto não estará no contrato, e sim nos detalhes — aqueles que decidem jogos grandes e que só quem já ganhou tudo sabe identificar.
Eduardo Gusmão
setembro 5, 2025 AT 18:51Esse negócio de Djokovic treinar o João Fonseca é tipo um sonho que virou meme. Mas sério, se isso acontecer, o Brasil vai ter um top 10 de novo. O garoto tem o saque de um titan e a coragem de quem não tem nada a perder.
É só ele aprender a não gastar energia em bolas que já estão mortas que ele vira um monstro.
Thamyres Vasconcellos
setembro 7, 2025 AT 16:48É claro que ele vai cobrar caro. Djokovic não dá conselho de graça, nem para um brasileiro. Isso é pura manipulação midiática, e o povo aqui cai como pomba. O garoto ainda não venceu nada relevante, e já está sendo tratado como o futuro do tênis brasileiro? Absurdo.
Alexandre Oliveira
setembro 7, 2025 AT 23:17eu to emocionado tipo sério, tipo, o djokovic reparou no joão, sabe? isso é tipo um abraço do universo pro tênis brasileiro. ele tá no caminho certo, mesmo que erre uns 500 forehands ainda. o importante é que ele não desiste, e o cara que venceu 24 slams acha que ele tem potencial? isso é mais que um elogio, é um sinal.
meu coração tá batendo mais rápido só de pensar nisso.
Joseph DiNapoli
setembro 9, 2025 AT 22:20"Vou cobrar caro"... claro, e depois ele vai mandar a fatura pro João em euros, com juros. Será que ele aceita pagamento em caipirinha? Porque se não, o garoto vai ter que vender o carro antes do primeiro Masters.
Leonardo Santos
setembro 11, 2025 AT 16:11o djokovic tá fazendo isso por carisma, mas também porque ele sabe que o joão é um dos poucos que ainda não se vendeu pro marketing. o garoto joga com as tripas, não com o instagram. e isso é raro hoje em dia.
se ele virar técnico dele, o tênis brasileiro vai ter que mudar o jeito de ver talento. não mais só por ranking, mas por alma na quadra.
Roseli Pires
setembro 13, 2025 AT 14:50isso é tudo farsa o joão nem deveria estar no us open ele ta só no circuito por causa da cor da pele e do nome bonito
Gilmar Alves de Lima
setembro 14, 2025 AT 05:09olha só, o cara que treina com o Djokovic é o mesmo que ensina o João a não perder a cabeça no tie-break. isso aqui é tipo um filme de esporte, mas real. o joão vai aprender a respirar entre os pontos, e isso é mais valioso que qualquer saque de 220km/h.
eu tô torcendo, mano. não por nacionalismo, mas porque ele parece um garoto que ainda acredita no jogo.
Wesley Lima
setembro 15, 2025 AT 18:52se o djokovic realmente treinar o joão, o primeiro ajuste vai ser: pare de tentar matar a bola em todo ponto. o tênis não é um jogo de explosão, é um jogo de paciência. e o joão ainda tá na fase de "eu quero vencer agora".
mas se ele aprender a deixar o adversário se matar... ai sim, o mundo vai tremer.
Nathalia Singer
setembro 15, 2025 AT 22:25o que o djokovic pode ensinar mesmo é como manter a consistência nos grandes torneios. o joão tem potencial, mas ele ainda joga como se cada bola fosse a última. ele precisa entender que o tênis é um maratona, não um sprint.
e sim, o saque dele é louco, mas se ele não melhorar a devolução, vai perder para qualquer top 30 que saiba esperar.
Giovanni Cristiano
setembro 17, 2025 AT 03:25brasil nao tem tênis, isso é tudo propaganda. o djokovic ta só brincando pra ganhar likes. o joão nem entra no top 100 ainda e ja ta sendo comparado com o federer? isso é ridículo.
Reinaldo Lima
setembro 17, 2025 AT 21:23o mais bonito disso tudo não é o "vou cobrar caro" - é o fato de que Djokovic, depois de tudo que viveu, ainda se importa em ver um garoto de 18 anos com olhos de quem quer aprender, não de quem quer viralizar.
o que ele pode passar não é só técnica, é a sabedoria de perder e voltar. o joão não precisa de um técnico, precisa de um espelho. e o sérvio é o mais claro que existe.
Tereza Pintur
setembro 18, 2025 AT 05:02isso é um plano da federação pra vender mais tênis no brasil. djokovic tá sendo usado como isca. e o joão? só um peão. ninguém acha estranho que tudo isso aconteceu na semana do us open? coincidência? eu acho que não.