Idosos morrem em acidentes fatais na BR-232 e PE-158 no Agreste pernambucano

Idosos morrem em acidentes fatais na BR-232 e PE-158 no Agreste pernambucano out, 19 2025

Quando Moacir Paulo Barbosa, de 72 anos, pilotava sua motocicleta na PE-158 em Lajedo, ninguém poderia imaginar que a tarde de segunda‑feira, 3 de fevereiro de 2025, terminaria em tragédia.

Ao mesmo tempo, a BR-232, no quilômetro 212, em Pesqueira, se tornou o palco de outra colisão fatal envolvendo duas motocicletas que vinham de Sanharó rumo à cidade. O resultado? Um homem de 60 anos perdeu a vida no local, enquanto o parceiro de viagem ficou gravemente ferido.

Contexto da região do Agreste

O Agreste de Pernambuco, com seus 53 municípios e mais de 2,5 milhões de habitantes, sempre foi conhecido por produzir roupas de couro e agricultura irrigada. Entretanto, a geografia acidentada – morros, curvas fechadas e trechos úmidos – torna as rodovias estaduais e federais pontos críticos de acidentes de trânsito. A Polícia Civil de Pernambuco costuma abrir inquéritos quando há vítimas mortais, mas poucos relatam o que realmente causa esses acidentes.

Detalhes dos acidentes

No caso de Lajedo, a vítima foi arremessada para fora da pista depois que sua moto colidiu com um veículo que ainda não foi identificado. Segundo nota oficial da Polícia Civil, “um inquérito policial foi aberto para apurar o acidente”. Não há ainda informações sobre álcool, falha mecânica ou condições climáticas adversas.

Já em Pesqueira, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) descreveu a colisão como lateral, ocorrida entre duas motocicletas que circulavam na mesma faixa. O condutor de 60 anos não resistiu aos ferimentos; o segundo condutor foi socorrido pelo Samu e encaminhado à UPA de Pesqueira, onde recebeu tratamento para lesões graves.

Reação das autoridades

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, que supervisiona a Polícia Civil, ainda não divulgou detalhes sobre fatores de risco – como iluminação insuficiente, sinalização ou velocidade excessiva. Já a PRF limitou‑se a confirmar a dinâmica da colisão e a presença de equipes de socorro no local.

Em ambas as cidades, as delegacias responsáveis – Delegacia de Polícia Civil de Lajedo e Delegacia de Polícia Civil de Pesqueira – abriram inquéritos com prazo padrão de 30 dias, podendo ser prorrogado caso a apuração exija mais tempo.

Impactos e tendências de segurança viária

Impactos e tendências de segurança viária

Esses dois acidentes não são casos isolados. Na mesma semana, outro acidente grave em Pedra deixou três mortos e duas feridas. O padrão revela um problema estrutural: vias principais do Agreste são usadas tanto para transporte de carga quanto para deslocamento diário, mas a manutenção costuma ficar em segundo plano.

Especialistas em trânsito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) apontam que fatores como “excesso de velocidade em trechos curvos”, “falta de acostamento adequado” e “hipotético consumo de álcool” podem amplificar o risco. Além disso, a ausência de dispositivos de frenagem automática em motocicletas antigas ainda representa vulnerabilidade para motoristas mais velhos.

Próximos passos e investigações

Nos próximos dias, a expectativa é que as duas inquéritos revelem se houve falha mecânica, conduta imprudente ou condições climáticas adversas. A Polícia Rodoviária Federal costuma solicitar imagens de câmeras de trânsito, depoimentos de testemunhas e laudos periciais dos veículos envolvidos.

Enquanto isso, organizações da sociedade civil, como o Observatório de Segurança Viária de Pernambuco, já convocam a secretaria a acelerar obras de sinalização e a instalar barreiras de segurança em pontos críticos da BR-232 e da PE-158. A proposta é reduzir drasticamente o número de vítimas fatais nos próximos anos.

Perguntas Frequentes

Como esses acidentes afetam a população idosa do Agreste?

Os idosos são mais vulneráveis a lesões graves em colisões, principalmente em motocicletas sem airbags. A perda de Moacir Paulo Barbosa, de 72 anos, evidencia a necessidade de campanhas de conscientização e de adaptação das vias para reduzir velocidade e melhorar a sinalização em trechos frequentados por motociclistas mais velhos.

Qual o papel da Polícia Rodoviária Federal nesses incidentes?

A PRF atua no local, recolhe depoimentos, preserva evidências e elabora relatório preliminar que alimenta o inquérito da Polícia Civil. Ela também pode solicitar imagens de monitoramento e encaminhar os casos para perícia especializada.

Existe risco de que as condições climáticas tenham contribuído?

Até o momento, as autoridades não divulgaram dados meteorológicos da manhã de 3 de fevereiro. Contudo, a região costuma ter chuvas esparsas e folhas molhadas nas estradas, fatores que podem reduzir a aderência dos pneus e aumentar a probabilidade de derrapagens.

Quais medidas de longo prazo podem melhorar a segurança nas rodovias do Agreste?

Especialistas recomendam: (i) revisão periódica da sinalização vertical e horizontal; (ii) implantação de lombadas eletrônicas que forcem a redução de velocidade; (iii) campanhas de educação no trânsito voltadas para motociclistas idosos; e (iv) fiscalização mais rigorosa de condução sob efeito de álcool ou substâncias.

Quando se espera que os inquéritos sejam concluídos?

A Lei prevê um prazo padrão de 30 dias para casos sem complicações. Dado que se trata de dois acidentes distintos, com vítimas fatais e necessidade de perícia dos veículos, as investigações podem se estender até 60 dias ou mais, dependendo da complexidade.

1 Comment

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    Bianca Alves

    outubro 19, 2025 AT 00:21

    É lamentável observar que a falta de investimentos sistemáticos nas rodovias do Agreste reflete uma negligência histórica que privilegia setores econômicos em detrimento da segurança dos cidadãos mais vulneráveis. 🍂📚

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