Se você ainda não ouviu falar do Festival de Parintins, está na hora de descobrir um dos maiores espetáculos da cultura brasileira. Todo ano, a cidade de Parintins, no Amazonas, se transforma em um palco gigantesco onde dois bois – Garantido e Caprichoso – disputam o jurado da plateia com música, dança e histórias que atravessam gerações.
Mas não é só o duelo dos bois que faz a festa ser tão especial. São as cores vibrantes, os trajes de algodão, as batidas do curimbás e o cheiro de peixe assado que dão vida a um evento que mistura religião, folclore e turismo. Se você pensa em viajar, entender a lógica da festa ajuda a aproveitar cada momento.
O Boi-Bumbá de Parintins tem raízes que vão do século XVII, quando os portugueses trouxeram a tradição do bumba-meu-boi do Nordeste. Lá, a lenda do boi que morre e ressuscita virou símbolo de resistência e celebração da colheita. Em Parintins, a história ganhou duas versões: o boi Garantido, que representa a força e a tradição, e o Caprichoso, que traz inovação e criatividade.
A competição começa na sexta‑feira dourada (quinta‑feira de Semana Santa) e se estende até o domingo, com apresentações de 30 minutos que contam a saga do boi através de música, dança e efeitos de luz. Cada comunidade investe meses preparando enfeites, coreografias e figurinos, tudo para conquistar o público e os jurados.
O festival acontece geralmente entre o final de junho e o início de julho, coincidindo com o fim da estação chuvosa e o início da alta temporada turística na região. O palcos são montados às margens do Rio Amazon, em Santos Dumont, e recebem mais de 100 mil espectadores ao longo dos três dias.
Se você prefere assistir de casa, a maioria das emissoras nacionais transmite ao vivo, e plataformas de streaming também oferecem o evento. Para quem quer sentir a energia ao vivo, vale chegar cedo, garantir um bom lugar e levar água e protetor solar – o clima pode ser quente e úmido.
Além do duelo, durante a festa rodam barracas de comida típica (tacacá, pirarucu assado, banana frita) e feirinhas de artesanato. Aproveite para provar o sabor da Amazônia e levar lembranças feitas à mão pelos moradores.
Para quem pensa em viajar, o melhor caminho é voar até Manaus e, de lá, pegar um voo ou ônibus até Parintins. A cidade tem opções de pousada e hotel, mas as reservas esgotam rápido, então planeje com antecedência.
Em resumo, o Festival de Parintins è muito mais que uma competição: é uma celebração da identidade amazônica. Se curtir música, dança e histórias que unem passado e presente, não perca a chance de viver essa festa única.