Se você já viu alguém virar um "tatame" e fazer um arremesso perfeito, sabe que o judô tem um visual incrível. Mas o esporte vai muito além daquilo que rola nas Olimpíadas. Aqui a gente conta como ele chegou ao Brasil, por que ele pode mudar sua vida e onde achar um bom clube para começar.
O judô foi trazido para o Brasil na década de 1930 por imigrantes japoneses que se instalaram em São Paulo e no Paraná. No início, as aulas eram feitas em casas de família, mas logo surgiram as primeiras academias. Na década de 1960, o esporte ganhou visibilidade nacional graças a atletas como Chiaki Ishii, que trouxe a primeira medalha olímpica para o país em 1972.
Hoje, o Brasil tem mais de 2 mil clubes de judô afiliados à Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Os principais nomes – Rafaela Silva, Mayra Aguiar e, claro, o lendário João "Dogi" dos Santos – são inspiração para milhares de jovens. Eles mostram que, com disciplina, dá para chegar ao topo sem precisar ser gigante.
O primeiro passo é encontrar um clube perto de casa. Procure por academias que sejam filhas da CBJ, porque elas seguem os mesmos padrões de segurança e ensino. Uma visita rápida serve para sentir a energia do tatame, conversar com o professor e observar como são as aulas para iniciantes.
Na primeira aula, você vai aprender a queda básica (ukemi) – essencial para não se machucar. Depois, vem o aperfeiçoamento dos passos (ashi‑waza) e dos agarrões (kumi‑kata). Não se assuste se parecer complicado; a prática constante traz o ritmo.
Treinar judô também ajuda no condicionamento físico. Você ganha força, flexibilidade e resistência, tudo ao mesmo tempo. Além do corpo, o esporte trabalha a mente: disciplina, respeito e controle emocional são tão importantes quanto a técnica.
Se o seu objetivo é competir, participe dos torneios regionais que costumam acontecer nos fins de semana. Eles são ótimos para testar o que aprendeu e medir o progresso. Se preferir treinar por diversão, basta manter a frequência semanal e curtir o camaradagem que se forma entre os atletas.
Um detalhe que muita gente esquece: o judô tem um código de vestimenta (kimono) que deve estar sempre limpo e ajustado. O kimono não é só roupa, ele também transmite valores de higiene e respeito ao adversário.
Por fim, lembre‑se de que o judô não é um esporte de um dia só. O caminho é longo, cheio de quedas – às vezes literalmente – mas cada aprendizado vale a pena. Seja para melhorar a saúde, fazer novos amigos ou sonhar com um pódio, o judô tem espaço para todo mundo.
Pronto para dar o primeiro passo? Escolha um clube, vista o kimono e sinta a energia do tatame. O mundo do judô espera por você.